365 dias sem ti

" O amor não se procura, encontra-se. Não se ensina aprende-se."

sábado, 8 de março de 2014

Depois de quase seis meses a culpar-me, e a martirizar-me todos os dias, apercebi-me que aconteceu porque teve de ser, tal como as pessoas tem de de nascer, também te morrer, mas acredito que não precisa de ser desta maneira, não precisava de haver tanto sofrimento, tanta azafama, tanta agonia, tanta revolta, podias simplesmente ter morrido, mas não, foi da pior maneira, levaram-te a vida e levaram um bocado de todos nós.
Embora saiba que foste levada por essa maldita doença, as vezes prefiro pensar que embarcaste numa viagem longa sem data de regresso e que um dia possas voltar.
Fazes-me falta todos os dias, eras a mãe, a avó, o pilar, a salvação, eras quase tudo, eras a pessoa que melhor me conhecia, e a pessoa que eu vi desaparecer aos pedaços, eras tudo e no fim já não conseguias ser nada, apesar de os últimos momentos não terem sido os melhores sei que pensaste em mim até ao teu ultimo sopro, sei também que apertaste quatro vezes a mão da minha mãe no momento em que partiste, e quero acreditar que um desses apertos era para mim, quero acreditar que não sofreste e que agora estas melhor, quero acreditar nisso tudo.
Agora que já não te tenho aqui comigo resta-me recordar-me de ti e acreditar que continuas a olhar por mim estejas onde estiveres.
As saudades apertam minha grande lutadora.

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