Juro que tentei, tentei perdoar-te, tentei falar contigo, mas perdoar-te significa esquecer-te, esquecer a nossa história, não sei se estas disposto a começar do zero, sei perfeitamente que esta não é a segunda, nem a terceira oportunidade que te dou, podes não merecer, mas quero tentar.
Se estiveres disposto a tentar, tens que rever as tuas prioridades, rever os teus objetivos, não quero que deixes de viver a tua vida para viver a minha, quero apenas que não caias no mesmo erro outra vez, não me excluas da tua vida, arranja tempo para mim, para nós, sei que consegues, basta tentares.
Erros, erros e erros, provavelmente é um erro, mas eu quero viver esse erro, não quero dizer que não tentei, porque eu tentei sempre.
Hoje vieram-me mil e uma memórias a cabeça, tens noção de como tem sido a nossa vida nos últimos anos? Não deves ter, nem eu tinha.
Perguntaram-me o porquê de ainda escrever aqui, o porquê de continuar a escrever passado tanto tempo, quando comecei a escrever aqui, foi a maneira que encontrei de te dizer tudo aquilo que pensava de forma, aquilo que muitas vezes não tinha coragem de te dizer na cara, escrevi muitas vezes para que tu soubesses que eu continuava aqui, a pensar em ti, a viver a minha vida sem ti, com o tempo habituei-me a ter uma vida aqui, a desabafar pelas palavras.
Não me arrependo de todas os desabafos, todos os sentimentos escritos aqui, quando ninguém me queria ouvir, ou quando eu não queria dar parte fraca, não queria mostrar o que estava a sentir, era aqui que eu desabafava, aqui ninguém me julga.
Enquanto há vida há esperança, eu continuo aqui.