365 dias sem ti

" O amor não se procura, encontra-se. Não se ensina aprende-se."

sábado, 8 de outubro de 2011

#2

- Não me reconhes Lena? - Henrique chamava-lhe Lena quando eram namorados .
- Estas diferente, mas velho, mais cansado, nem sei.
- E então Lena como vais? Já vi que conseguiste, filhos já tens?
- Não, o proximo passo é um filho, mas agora com a minha tia Isabel doente não tenho tempo para um criança na minha vida.
- A tua tia está assim tão mal? Não sabia - Henrique fica preocupado e nervoso.
- Sim, mas realmente o que vieste aqui fazer Henrique?
- Vim ver-te, quer dizer, agradecer-te pelo trabalho que arranjaste a minha mãe.
- De nada, agora que já agradeceste podes ir, calculo que tenhas muito que fazer. - Diz-lhe Madalena com um ar duro e severo
- Eu quero ficar, aqui contigo.
- Desculpa mas não posso, não podes ficar aqui. - Madalena quase que o expulsa da sala.
Henrique sente-se magoado por  Madalena recusar a companhia dele, apesar de tudo ele pensava que o tempo curava tudo e que um dia ela ia esquecer tudo o que ele lhe tinha feito.
Madalena por outro lado fica contente por ter resistido ao seu charme, por o ter mandado embora, sabia que já tinha sofrido demais e que se Henrique voltasse agora que ela ia voltar ao mesmo drama dos ultimos anos e neste momento ela tinha que se concentrar na carreira, na tia, tinha mais em que pensar.      
Os meses passaram e Henrique não desistia da ideia de voltar a falar com Madalena, depois de todos estes anos separados, Henrique ao ver Madalena sentiu-se confuso e percebeu que tinha sido muito estupido em deixar Madalena, que ela tornou-se numa mulher fantastica e ele desperdiçou aquilo tudo por uma vida de boémia.
Madalena não parava de pensar no porquê de Henrique ter aparecido agora, estava tudo bem, o emprego corria bem, em casa a tia melhorava, ela pensava e pensava e não chegava a nada, estava confusa só pensava no Henrique, mas sabia que tinha que ser forte e que não o podia voltar a deixar entrar na sua vida.
Em casa a tia Isabel dizia-lhe:
-Filha fala com ele, marquem um café, encontrem-se.
- Oh tia não diga isso, não quero voltar a sofrer por ele.
A tia tanto que insistiu que Madalena cedeu e ligou a Henrique a combinar um encontro, ela avisou-o, nada de esperanças, só quero falar contigo.
Eram três horas, um dia quente de Setembro, o sol brilhava mais que nunca, Madalena vestiu um vestido de cetim vermelho que segundo a tia lhe assentava na perfeição, lá estava ela no banco do jardim a espera de Henrique que ainda estava em casa a decidir o que vestir.
Três e meia e nada, Madalena farta-se de esperar e decide voltar para casa, no caminho sente-se magoada, liga-lhe.
- Henrique porque não vieste? Esperei por ti!
- Estou aqui no sitio combinado a tua espera, tu é que por sinal não estas aqui- Henrique com uma voz meiga tenta acalma-la.
- Sabes que horas são!? Neste momento três e quarenta e cinco, o combinado era as três Henrique, para variar esqueceste de mim, nunca devia  ter combinado nada disto, nunca!
- Madalena? Desculpa, atrasei-me com as horas, volta e eu prometo compensar-te, agora é a serio.
- Esquece Henrique não me voltas a fazer passar por parva.
- Diz-me onde estás que eu vou ter contigo, peço-te não me deixes perder-te outra vez.
- Não te vou dizer, não quero ver, nunca mais!
Madalena desliga o telefone e corre até casa
                                     ...

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